Objectivo Geral: Apresentar
a programação linear como uma técnica da pesquisa operacional, possibilitando a
sua inserção no programa da disciplina de Pesquisa Operacional.
Fundamentação.
A programação linear é uma
técnica da Investigação Operacional, denominação esta justificada porque
considera-se que as restrições e condições impostas aos problemas de que se
trata são expressas em termos Lineares.
Programação Linear consiste em dispor os dados de um problema cujas incógnitas guardem relações
lineares, pede a forma de um sistema de equações e/ou inequações composto de uma
equação chamada objetivo para qual deseja-se obter um resultado máximo
ou mínimo sujeito a restrições ou condicionamento constituído por várias
equações ou inequações.
Quando o número de
incógnitas é igual a 2 ou 3 o sistema admite uma solução gráfica. Muito
complicada no segundo caso por se tratar de um problema no espaço
tri-dimensional. Os problemas com 4 ou mais incógnitas pertencendo a um espaço
n-dimensional só admitem soluções algébricas através do calculo matricial.
Os três principais grupos
de problemas que podem ser resolvidos por Programação Linear são os seguintes:
a) Misturas de ingredientes
com composição e preços conhecidos para atender a determinadas especificações
(de composição ou de estoque) a custo mínimo ou lucro máximo: Noções
balanceadas para animais, refeições, abastecimento de comunidades ou tropas,
combustíveis e lubrificantes, fertilizantes e corretivos, defensivos agrícolas,
perfumes e cosméticos, ligas metálicas, Industria de alimentos, etc.
b) Transporte, distribuição
ou alocação, em que se procura determinar as quantidades a transportar segundo
as vias alternativas possíveis a freqüência ou períodos de transporte e as especificações
quanto a operação levando em conta os custos (fretes, riscos capital empatado,
prêmios e multas, embalagem, armazenamento, capacidade dos meios, etc…). A política
de Transporte e o fator a maximizar ou minimizar (custos, quantidades, tempo, etc…).
Entre as áreas de utilização cita-se: abastecimento, distribuição de produtos, transporte
de cargas ou pessoas, etc..
c) Programas de Produção ou
limitação de recursos na obra, nos setores da industrial ou de serviços.
Em suma: A Programação Linear,
é uma técnica da Matemática Aplicada que constitui um dos ramos da Investigação
Operacional (IO).
“Programação” no
sentido de programação de tarefas ou planificação, não a programação no
sentido da informática e “Linear” usada como expressões (condições)
lineares, quer dizer que as variáveis que constituem os modelos são lineares.
Tem como objectivo: Optimizar problemas de
decisão, através da utilização de modelos, que representem uma realidade. O
óptimo na globalidade é um mínimo ou um máximo a ser alcançado, nas condições
existentes.
Fases de um estudo em investigação operacional
Um estudo em Investigação
Operacional costuma envolver seis fases:
Ø Formulação do problema;
Ø Construção do modelo
problema;
Ø Cálculo da solução através
do modelo;
Ø Teste do modelo e da
solução;
Ø Estabelecimento de
controles da solução;
Ø Implantação e
acompanhamento:
Formulação do Problema: nesta fase, o responsável
pelo estudo em Investigação Operacional deverá discutir, no sentido de colocar
o problema de maneira clara e coerente, definindo os objetivos a alcançar e
quais os possíveis caminhos alternativos para que isso ocorra.
Além disso, serão
levantadas as limitações técnicas do sistema e as relações desse sistema com
outros da empresa ou do ambiente externo, com a finalidade de criticar a
validade de possíveis soluções em face destes obstáculos. Deverá ainda ser
acordada uma medida de eficiência para o sistema, que permita ao responsável
ordenar as soluções encontradas, concluindo processo decisório.
Construção do Modelo do problema: os modelos que interessam
em investigação Operacional são os modelos matemáticos, isto é, modelos
formados por um conjunto de equações e inequações.
Uma das equações do
conjunto serve para medir a eficiência do sistema para cada solução proposta. E
a função objetivo ou função de eficiência. As outras equações geralmente descrevem
as limitações ou restrições técnicas do sistema. Um bom modelo é aquele que tem
desempenho suficientemente próximo do desempenho da realidade e é de fácil experimentação.
Essa proximidade desejada é variável, dependendo do objetivo proposto. Um bom
modelo para um objetivo pode ser péssimo para outro. A fidelidade de um modelo
é aumentada à medida que ele incorpora características da realidade, com a
adição de novas variáveis. Isso aumenta sua complexidade, dificultando a experimentação.
Conclusão
A construção do modelo deve levar em consideração a
disponibilidade de uma técnica para o cálculo da solução.
Portanto,
o uso da linguagem do
sistema em estudo facilita a compreensão e gera boa vontade para a implantação
que está sendo sugerida. Essa implantação deve ser acompanhada para se observar
o comportamento do sistema com a solução adotada.
BIBLIOGRAFIA
1. Goldbarg,
M.C. Luna, H.P.L. (2005) Otimização Combinatória e Programação Linear. Modelos
e Algoritmos. 2ª Edição. Editora Campus.
2.
Hillier F. S., Lieberman G. J. (2010) Introdução à Pesquisa Operacional.
8ª Edição. Editoras Mc Graw Hill e bookman.
3. Ramalhete, Manuel; Guerreiro, Jorge; Magalhães, Alípio
– Programação Linear, Volume 1. Alfragide: McGraw-Hill, 1984.
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